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Descrição

Os tradicionais desenhos técnicos de projeto recorrem ao Norte como símbolo para referenciar a implantação. Seguem o princípio do Norte Magnético, mas como convenção cultural que são, poderiam usar o Sul para transmitir exatamente o mesmo conhecimento. Uma posição relativa no espaço, expressada a partir de um ponto de vista cultural, de uma sociabilização.

Tal como o Norte nos indica o Sul, usualmente reflectimos a arquitetura a partir da existência de uma edificação, analisando os seus efeitos no entorno físico e social. Refletindo sobre a arquitetura a partir da sua unidade mínima (o Abrigo) e utilizando a sua ausência (experiência de Sem-Abrigo), compreenderemos os seus efeitos indirectos no meio físico e social.

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Objetivo

Com a investigação a desenvolver, pretende-se que os estudantes desenvolvam uma maior perceção dos efeitos colaterais da produção da arquitetura, quer à escala de impacto da Cidade /Tecido Social quer à escala do Espaço Privado / Indivíduo.

Num fase introdutória, os estudantes serão convidados a conhecer casos concretos de pessoas com experiência de Sem-Abrigo e a realizar estudos exploratórios pela cidade numa abordagem situacionista de “Deriva”. O resultado final traduzirá a identificação de locais e o ensaio de soluções para Abrigos que colmantem as necessidades idenficadas na estapa anterior. 

Descrição

A arquitetura do Sul de Portugal, além da influência da paisagem e da cultura do Mediterrâneo e do oceano Atlântico, integra uma variedade de recursos naturais presentes no seu território e a sabedoria de ofícios vários, que tornaram a heterogeneidade um dos principais elementos identitários da sua construção. A Sul da linha que divide o território nacional, a complexidade das regiões encontram expressão na diversidade de materialidades que constituem a arquitetura destes locais.

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Objetivo

É objectivo o desenvolvimento de projectos subordinados e condicionados apenas a um dos seguintes materiais: pedra, cal, tijolo, madeira, taipa e betão. A implantação, função e a forma destes objectos serão determinantes no decurso do trabalho, porque resultarão necessariamente das características físicas e qualidades ambientais destes elementos, desafiando-se os participantes a repensar tipologias construtivas existentes.

Paralelamente, serão chamados especialistas para apoiar tecnicamente o desenvolvimento dos projectos, transmitindo conhecimento científico, empírico e profissional sobre a matéria. 

Descrição

O muro caiado é o elemento original e estruturante dos aglomerados urbanos no sul de Portugal. Entre muros definem-se as ruas – o espaço público – e para além dos muros definem-se as habitações – o espaço privado. O gesto de desenhar (ou implantar) um muro significa necessariamente uma decisão sobre o que fica dentro e o que fica fora, o que é excluído e o que é incluído.

Mas será o muro realmente uma fronteira?

Pretende-se, então, questionar esta definição de muro como limite e explorar a espessura conceptual desta fronteira. Passar do muro para o filtro (ou sistema de filtros).

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Objetivo

Pretende-se explorar o cheio e o vazio, as aberturas e reentrancias no desenho de um muro como elemento arquitetónico, que interpretará um novo filtro, uma nova passagem e interface entre interior e exterior. O resultado final consistirá numa junção de todos os muros e na criação de um novo sistema de relações entre muros.

Será o novo espaço um conjunto de espaços habitados ou um pedaço de cidade? 

Descrição

O homem, para se adaptar ao meio onde se insere, procurou constantemente as formas mais eficazes de construção, fazendo-o de acordo com as condições geológicas e climatéricas da sua região. A sul, os espaços de sombra são soluções recorrentes na arquitectura tradicional, onde a necessidade aliada a uma inteligência ancestral traduzem-na como um elemento plástico definidor de carácter espacial e identitário.

O arquitecto é um artífice que utiliza a luz e a sombra como elementos definidores de espaços construídos e não construídos.

Neste sentido procura-se estabelecer um percurso construído por diferentes tipologias onde a sombra é o elemento fundamental na definição projectual, recorrendo ao conhecimento local, tendo como território de intervenção a Via Algarviana.

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Objetivo

O projecto “A sombra a sul” pretende desenvolver 5 trabalhos que procurem soluções para projetar espaços de sombra num percurso pedestre pelo interior algarvio, um território vasto e variado. Cada projecto será situado num lugar ao longo desse percurso representado uma nova sombra como abrigo, observatório, lugar de encontro, miradouro, desembarcadouro, entre muitas outras possibilidades. 

Descrição

Grande parte da área correspondente à Ria Formosa, um território de uma riqueza incalculável do ponto de vista não só da fauna e da flora, como da qualidade da paisagem, corresponde a um sistema lagunar, um cordão de ilhas e penínsulas arenosas dispostas paralelamente à costa, protegendo uma laguna que forma um labirinto de sapais, canais, zona de vasa e ilhotes.

Aproximando à realidade da prática profissional, portanto, num formato de atelier, procura-se desenvolver um exercício maioritariamente conceptual, resultado de uma reflexão em torno da construção sobre água.

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Objetivo

As propostas a elaborar objetivam um conjunto de percursos sobre a água, permitindo a observação desta complexa paisagem. A unir os percursos estarão 6 pontos de paragem, postos de vigia e de informação. Será necessário o estudo sobre a delicadeza do conjunto e o melhor sistema construtivo a utilizar em cada proposta. 

Descrição

Nesta atual “sociedade do cansaço”, em que as pessoas habitam em urbes saturadas de “extras” e adereços – em cidades mediadas por novos sistemas e ambiente previsíveis - em que a individualidade tende a afirmar-se pelo exotismo, o Sul pode, ainda, funcionar como um contraponto.

No Sul encontramos uma noção de “dimensão” de escala humana, que se prende com a força e magnetismo de uma paisagem simples e verdadeira, como se a natureza determinasse as formas das construções e organização social. O plano e geometria clara dos volumes que projetam sombra e refletem o sol aproxima-nos de conceitos como verdade, simplicidade e essencialidade.

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Objetivo

O “estado puro” da arquitetura meridional será aqui investigado através de um cruzamento disciplinar entre teoria, artes e arquitetura.

Pretende-se a identificação de uma problemática e a investigação através da criação de um objeto especulativo ou conceptual. Desta forma, cada trabalho contribuirá e fará parte de um painel interpretativo sobre a problemática investigada, permitindo uma leitura coletiva de um mosaico crítico e propositivo. Um novo olhar sobre o relevo do Sul. 

Descrição

A estratégia da oficina C.I.D.A.D.E.S. parte da banalidade da existência humana: a sua componente de pertença a uma multitude de colectivos – da família, ao bairro, à rua ou às cidades –, caminhando pela condição interseccional de cada e de todos/as até compreender uma possibilidade de lugar. 

O largo do Intendente e zonas circundantes passaram, por acção política, a um território onde agentrificação, turistificação e hipsterização cultural são conceitos de apoio à reflexão.

Conscientes do gesto redutor de se dar voz aos que a não têm, a estratégia procura trabalhar com as mulheres que habitam e trabalham no largo do Intendente e compreender mais aprofundadamente como se auto-designam neste contexto urbano.

 

Objetivo

Do trabalho em campo, procura-se compreender quais a necessidades e desejos do lugar de projeto e configurá-lo como programa. Numa primeira fase realizar-se-à um trabalho  etnográfico de levantamento e observação no terreno, objetivando uma proposta estratégica face aos identificados programas em falta. A amplitude das propostas é alargada, tanto espacialmente como temporalmente. 

De modo sucinto, questões de base ao coletivo do trabalho serão levantadas:

Conseguimos, enquanto arquitetos, partir para o problema sem respostas prévias face a um território particular?

Como concretizar estratégias projectuais e propostas alimentando.nos do que a complexa realidade nos dá a ver e a compreender?

O conjunto de workshops orientados, a decorrem no período da manhã, pretendem debater e experimentar, de modo conceptual, as práticas da profissão, refletindo projetualmente em torno do território do Sul

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